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ressentimento
O Vitão postou no Insta sobre esse disco ter completado seus primeiros dez anos esse mês. Confiro aqui e percebo que descobri a Lupe de Lupe através dele, do "Sal Grosso" e do "Distância" em dezembro de 2013. Pelos meus scrobbles, parece que eu não tinha dado muita bola pra banda. Não é bem assim que eu lembro, mas azar da memória. Depois, quando saiu o "Quarup" em 2014, aí sim, Lupe de Lupe se tornou parte da trilha sonora da minha vidinha, todos álbuns juntos e misturados. Do "Recreio" eu muito ouvi a carta para a filha em prantos nessa época. Hoje reaparece uma beleza nova nos versos desesperados de "Mar morto", quando em gritaria o Vitáo pergunta sobre porque Iemanjá cria um amor e esconde no mundo pra ninguém achar. É lindo mas é também bem problemático quando as velhas canções da juventude - inclusive escritas por artistas ainda mais jovens que a gente - vão fazendo mais sentido com o passar do tempo, não é não? Mas bueno, parabéns pra Lupe. Paro por aqui que é hora do recreio.
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